Autista suporte 3 que tem medo de cachorro
“Estes dias estava conversando com uma mãe de autista suporte 3. Ele tem pavor de cachorro, treme involuntariamente dependendo do tamanho do cachorro tem convulsões, faz xixi e cocô de medo, desmaia, se assusta apenas com o latido. Porem ela entende que não precisa extinguir os cachorros para que seu filho que faz parte de uma fina faixa da estatística possa viver melhor!”
Essa afirmação traz à tona questões importantes sobre empatia, convivência e os limites entre as necessidades individuais e os direitos coletivos.
Ela destaca a realidade desafiadora de famílias que lidam com situações específicas e intensas, como a de uma pessoa autista nível 3 com medo extremo de cachorros. Ao mesmo tempo, a mãe citada mostra uma postura de aceitação e realismo ao não exigir que a sociedade elimine algo que faz parte da vida de muitas pessoas (cachorros), mesmo diante do sofrimento do filho.
Pontos para reflexão:
- Empatia mútua: A declaração nos lembra que, em uma sociedade plural, é essencial equilibrar o cuidado com necessidades específicas (como a do filho) com a compreensão de que outras pessoas têm suas próprias liberdades e interesses (no caso, os cães como animais de estimação).
- Responsabilidade compartilhada: A mãe assume uma posição de protagonismo ao aceitar que a solução para o bem-estar do filho passa por estratégias individuais e comunitárias — como buscar terapias ou adaptar o ambiente — em vez de esperar que a sociedade mude drasticamente por causa de um caso específico.
- Importância do diálogo e da adaptação: É possível criar condições que ajudem a minimizar o sofrimento do indivíduo sem impor restrições extremas à sociedade, como espaços públicos mais inclusivos e conscientização sobre condições como o autismo.
Esse tipo de postura é um exemplo poderoso de como lidar com desafios difíceis sem cair em extremos, ao mesmo tempo em que promove a convivência entre diferentes realidades e necessidades.